quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

É a ti...

É a ti, que gostas de ler
em silêncio
o que em silêncio sinto
e escrevo,
que venho dizer adeus!

Gostei de te ter por companheiro
desta viagem curta,
mas o meu apeadeiro é este!

Esperam-me as palavras cruas,
a fermentar no âmago do meu ser
e não posso deixá-las aferrolhadas nas grades
de prisões bafientas
onde a luz só entra coada
pelos panos cinzentos
de guardiões sem aura!

Vou...
E a ti que me fizeste companhia
só posso convidar para a minha sala
de estar!

Se apareceres,
servir-te-ei um cálice de poesia
sem vestes de arroubo,
mas feita com o amor que trago
desde o berço!




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